24 maio 2010

A doida

Ela não pode ver o rio Jacuí que já vai correndo na frente e dá um mergulho em qualquer parte da margem. De longe, ainda antes de chegar perto o suficiente para ver as águas no leito, a gente ouve o barulho típico de alguém se jogando. É sempre assim. O tempo todo, várias vezes durante o tempo em que se ficar por perto do rio.

Acostumou a pular na água. Esteja calor ou frio, com ou sem sol, com ou sem vento. No inverno, de tanto a gente sentir frio só de ver, é necessário um severo e sonoro “não” para que ela se contenha.

Acompanhando a gente nas caminhadas pelas estradinhas da roça, ela entra em tudo que é poça dágua, córrego, bebedouro de gado, represa, rio e até em água parada de chuva.

Mas na piscina não. Aí ela não entra tão facilmente desde que foi “puxada” meio que à força. Aí, ao invés de mergulhar, ela fica correndo em volta, latindo e simulando um avançamento de cachorro bravo, dando bocadas na mão de quem tenta agarrá-la. Olha que ela até já mergulhou por conta própria, mas foi uma situação bem rara, um momento de desvario um pouco mais forte. Fora isso, esse é o tipo de água que ela vai sempre evitar. Vai entender o que se passa na cabeça dessa pessoa.

Flagra

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Olha só quem foi pega no flagra comendo alpiste no comedouro dos passarinhos em cima da árvore. Por isso o alpiste está acabando rapidinho e nem tem muitos passarinhos vindo nessa época do ano. Ah, faça-me o favor.

22 maio 2010

Jacuia, a carpa da Jacuí

Em Fevereiro pegamos uma carpa no rio Jacuí sem ferí-la. Com muito cuidado e graças ao esforço do Gustavo que fez tudo correndo para que ela não sentisse tanto, conseguimos colocá-la na represa que passou a ser sua nova casa.

Naquele dia chuvoso, depois de colocá-la com cuidado na água, ficamos lá muitos longos minutos, observando de longe o esforço dela para recuperar a respiração e sair nadando. Ela tentava, afundava um pouco e boiava de barriga para cima. Fêz isso várias vezes e começamos a achar que não suportaria o tempo que teve que ficar fora dágua.

Tentou e tentou até que conseguiu. Afundou, nadou, respirou e foi em frente. Se adaptou. Passou uma semana, duas, ninguém mais a viu, o que nos pareceu um bom sinal. Hoje está de boa. Se adaptou bem ao local e sempre aparece na nossa frente quando jogamos ração. Vem sempre de mansinho com a bocona aberta pegando as bolinhas uma a uma.

Foi batizada: Jacuia.

20 maio 2010

Árvores da beira da represa

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Seguem crescendo cada vez mais em nosso quarto ano de sítio. A esperança é que daqui a alguns anos, tenhamos bastante sombra para curtir uma pescaria de leve. Ah, e também muitas árvores frutíferas para que os peixes se divirtam. No inverno do ano passado, uma geada mais forte secou todas as folhas de algumas e atrasou o desenvolvimento. Aí fizemos um coberturinha mais ou menos para ver se consegue proteger uma delas mas confesso que não estou botando muita fé não. Vamos ver.

19 maio 2010

Laninha impossibilitada

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Laninha, minha companheira de caminhadas está “naqueles dias” e não pode sair por aí adando comigo. Tudo acabou ficando muito sem graça que nem me animei a ir sozinho. Acabei ficando de molho também. Agora só me resta esperar que esses dias passem logo. E o pior é que ela tem que ficar do lado de fora e aí faz aquela carona de quem não está entendendo nada, esperando, medindo cada movimento da gente como que achando que o próximo será para abrir-lhe a porta.

E todo mundo já está avisado para não esquecer de ir lá fora de vez em quando para dar-lhe um abraço. Mesmo sem saber que não poderia entrar, de manhãzinha, ao ouvir barulhos de gente se arrumando para descer, lá ficou ela postada no chão frio e molhado de chuva olhando para cima e pensando mil coisas que só ela sabe.

Ê Laninha. Guenta firme que são só alguns dias. Mas como dói.

08 maio 2010

Picharro ou trinca ferro

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Faz um certo tempo que os passarinhos diminuíram. Deve ser a época. Tenho anotado sempre quando eles aparecem e quando somem e sei que depois de julho até setembro, quando começa a época de acasalamento, eles voltam aos bandos.

Nessa época, até o alpiste nos comedouros dura mais de uma semana. Até os ticos andam meio desaparecidos, mas tem uma surpresa boa. Hoje vi um picharro comendo alpiste sentadinho na ponta de um galho. Picharro ou trinca ferro é um pássaro meio raro por essas bandas e sei que tem muita gente esperta que tá sempre de olho pra pegar um. Sei que conseguem um bom valor quando conseguem um desses bom de canto. Esse que eu vi hoje estava quietinho. De vez em quando soltava um piado alto. E também estava sozinho. Pode ser que já esteja reconhecendo o terreno pra vir procurar um par nos meses seguintes. Que seja bem vindo.

E tem dia que a gente acorda bem cedinho ouvindo esse canto e até confunde com outros tipos de pássaros. Agora sei que é o danado do picharro – clique e ouça.