15 setembro 2010

O casamento tão esperado

Alguns finais de semana muito importantes não puderam ser adiados. Um deles foi o dia desse casamento. Todo mundo preocupado sobre como estaria o astral mas no final tudo deu muito certo.

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03 setembro 2010

Gente assim não morre, quem morre somos nós

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Às margens do Jacuí já não se pode mais ouvir seu grito mais característico - diabarraba. O silêncio tomou conta de tudo e de todos. A brisa mansa, o barulhinho do rio correndo no seu leito, o farfalhar das folhas, o mugido triste das vacas, a natureza alheia indica que tudo continua como antes mas, algo de pesado e pungente persiste no peito daqueles que vivem por ali. Certamente que as flôres nascerão de novo, os pássaros voltarão a cantar, a chuva voltará e os cavalos ficarão bem mas, aos que ficam, tudo parece ter perdido o brilho e os momentos de alegria dá a impressão de que nunca mais serão os mesmos. A nós que ficamos, só resta o tempo que tudo apazigua, consola e cicatriza.

E Pretinho se foi.

Viveu a vida como se o melhor ainda estivesse por vir mas deu a todos seu mais genuíno carinho e atenção. Pretinho era tão especial que fazia a gente vibrar de alegria toda vez que aparecia. E sempre chegava ruidosamente como se soubesse da alegria que a gente sentia imediatamente. Era como se não se permitisse perder nenhum segundo desse prazer já se adivinhando que duraria pouco.

E viveu a vida deixando marcas fortes e duradouras em todos que tinham o privilégio de conhecê-lo. Marca essa que, agora, intensifica a dor de vê-lo partir mas que vai também consolidar a mais pura memória de alegria misturada com saudade eterna.

Impossível será esquecê-lo simplesmente evitando as coisas que deixou porque sua marca está presente na própria natureza, no som dos animais, no chiado do rio correndo, no balido das novilhas, no cacarejo das galinhas, no farfalhar das asas dos pombos e até no balanço dos bambuzais.

Pretinho honrou a família, os amigos e todos os seus compromissos profissionais com o mais extremado ardor. Homem de confiança, amigo inestimável, pai carinhoso, não passou pela vida despercebido. Pretinho não morreu, partiu antes de nós mas deixou seu legado de bondade e humildade que nos serve de exemplo e lição de vida.

Um ser humano assim nunca morre, quem morreu um pouquinho em vida fomos nós.
Que a eternidade seja digna da sua partida.
Diaba-Diaba!!

Mais fotos.

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E um momento raro pra recordar.