Hoje completamos 2 anos de sítio e, até o momento, só eu estou me lembrando disso. Acabei de falar para Amanda, Gustavo e Jéssica que estão ali na sala em frente à tv, colchão ainda no chão, descascando batatas.
Eu, mesmo sendo o primeiro a se levantar nessa manhã ensolarada e fria, só abri as portas depois das 9, o termômetro maio capenga da varanda marcava 14 graus. Parecia bem mais frio. Mas o sol forte já vinha prometendo um dia quente de novo. É que o céu está azulzinho sem uma nuvem no horizonte e a lua esteve cheia anteontem. Por isso esquenta bastante durante o dia e esfria à noite.
Hoje, depois de algum tempo, reabasteci de alpiste os comedouros dos canários e de água com açúcar, os bebedouros dos beija-flôres. Vindo lá da direção do brejo, estou ouvindo uma forte cantoria de canários. Não consegui identificar direito se vem do lado de lá ou se do lado de cá. Mas a notícia é boa de qualquer jeito porque já faz um tempão que os canários sumiram. Ficaram só os pombos e as rolinhas que comem tudo que vêm pela frente até mesmo sem mastigar. Por isso parei por umas semanas mesmo depois de ter colocado telas de proteção nas gaiolas. As rolinhas aumentaram muito, comem demais e não deixam nada para os menores, canários, coleirinhas, pintassilgos e tico-ticos.
O espírito por aqui tem mudado bastante, mas tanto, que esse feriadão de Corpus Christi está parecendo tão longo. Parece que viemos já faz tanto tempo e hoje ainda é Sábado. Essa sensação de tempo interminável é um indício de que o espírito mudou, e mudou muito. Uma mensagem clara para nós de que precisamos revigorar nossas energias e não perder de vista as boas coisas que temos feito e a beleza da natureza que temos o privilégio desfrutar todo final de semana.
Para todo mundo é um tempo comum. Eu é que tenho essa mania de contar o tempo, rever as realizações, comemorar as pequenas coisas e contemplar o tempo à frente num plano mental. Jéssica me ajudou a listar mentalmente as principais realizações desse segundo ano de sítio. Não estão necessariamente em ordem de importância:
- Reforma da Igrejinha
- Viveiro de mudas
- Amorim e Dona Nena assinaram contrato que faltava
- Fiação subterrânea entre casa e quiosque
- Nova máquina de cortar grama
- Novo chiqueiro maior ao pé do bambuzal
- Poço de água para o chiqueiro
- Reveillon agitado
- Celular rural
- Nova roça de milho muito maior
- Reforma da cerca na divisa com Seu Vicente
Reveillon? Isso mesmo. É preciso deixar registrado que essa festa foi um acontecimento que nos trouxe muito orgulho. Hoje pode até parecer meio sem importância, mas vamos sentir muita falta no futuro, se acabar. De novo, a necessidade de dar valor às pequenas coisas do dia de hoje.