25 abril 2009

Colheita de milho

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Esse ano colhemos mais milho do que o ano passado, mais de 60 cargueiros. O paiol está cheio até o talo e ainda pudemos vender um pouco para vizinhos. Com tanto milho, poderemos aumentar as galinhas e os porcos. Já temos bastante frango, alguns deles até já passaram da hora do abate e corremos o risco de logo, alguns deles começar a virar galo, primeiro um galinho, depois vão crescendo, criando crista, aumentando a esporinha e logo estão brigando. Não que não tenha um monte de gente para comer um frango caipira. O que está faltando mesmo é tempo de lidar com eles. Como a gente não tem nenhum objetivo comercial, a galinhada cria solta pelo quintal, os pintinhos nascem e aprendem a ciscar carinhosamente ao lado das mães zelozas.

Outro dia apareceu uma galinha com um só pintinho, amarelinho, pequenino. Um desperdício de amor de mãe. Mas a naturaza cumpre seu papel, esteja a galinha com um ou 12 pintos.

A colheita do milho seguiu seu tradicional ritual. Esse ano tivemos o Pedrão quebrando milho só por 2 dias. O restante da roça foi “quebrada”, juntada e baldeada pelo pessoal daqui mesmo. Da roça até o paiol, demos mais de 20 viagens com a Hilux lotada até a altura do vidro da capota. Ainda bem que o 4x4 ajudou aqui, caso contrário, coitado do burro e dos cavalos para puxar na carroça. Muito menos desumano usar os cavalos do motor Toyota.

O final do estoque do ano passado foi quase todo comido pelo caruncho. Para esse ano até tentamos trabalhar com algum tipo de veneno misturado no meio do milho no paiol mas, lendo a “bula” do tal do veneno, todos ficamos muito preocupados e desistimos. Veneno de periculosidade tipo 2 – Muito Perigoso. Preferimos o caruncho.

12 abril 2009

Cio que cerceia

Pict-550 Ter cachorro é muito legal mas essas fêmeas, inteiras, quando no cio, sofrem cerceadas. Ainda bem que só acontece 2 vezes por ano.

11 abril 2009

Branco fosco e tinta a óleo

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Muita gente parece que entende de pintura e que tipo de tinta se deve usar para cada tipo de material. Só parece.

Procurando a melhor opção para pintar a cerca de réguas me deram as dicas mais variadas possíveis. Primeiro foi o óleo de linhaça para fazer fundo e economizar na tinta, depois recomendaram tinta latex para fundo e para superfície, depois veio o branco fosco e latex e, por fim, branco fosco e tinta a óleo. Interessante como cada expert tem uma teoria diferente.

Para resolver a questão, achei na Internet um número 0800 da Suvinil onde esclarecem qualquer tipo de dúvida. Claro que o que disseram também não bateu com a maioria das dicas que eu já tinha. Na casa de tintas, no último minuto, ainda fizemos uma pequena alteração nos planos baseada no preço alto dos materiais. A Suvinil tinha recomendado branco fosco e latex, nós compramos branco fosco e tinta a óleo, fora a água raz e as diferentes medidas para dissolver a mistura. E a gente vai aprendendo. Mais importante que tudo isso tem sido a vontade e dedicação das mulheres.

09 abril 2009

Estrada interditada


A chuvarada intensa de verão ruiu a estrada Guará-Cunha que foi totalmente interditada semana passada e tivemos que passar por uma estrada alternativa de terra que fica meio que paralela à estrada original, estrada essa que eu nem sabia que existia. Foi até bom poder conhecer um caminho diferente e ver que logo ali atrás das montanhas existem também muitos outros sítios e fazendas tão perto e desconhecido.

O problema é que essa estradinha, é claro, não estava preparada para receber todo o tráfego que normalmente vai pelo asfalto. As máquinas do Estado consertaram os trechos mais complicados, mas as filas foram inevitáveis. Até andaram dizendo que os vagabundos oportunistas já estavam fazendo vítimas por ali e, por isso, cuidamos de voltar um pouco mais cedo ainda com céu claro. Ainda bem que não choveu porque, certamente, a viagem por esse trecho teria sido bem mais emocionante.

E vem aí outro feriadão em uma semana. Tiradentes. Vamos ver como será.

03 abril 2009

Óleo queimado e madeira podre

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Conseguimos um tambor de 200L quase cheio de óleo queimado de motor. Estamos tentando dar um jeito de levá-lo para o sítio para usar o óleo para tratamento de moirões, réguas de cerca e vigas de ponte.

Os moirões de eucalípto cru, sem tratamento anti apodrecimento, acredita-se que durem uns 7 anos. Já a madeira tratada em autoclave tem garantia contra apodrecimento de 15 anos, mas é claro que custa muito mais. De vez em quando a gente compra uns paus de madeira tratada, mas quando precisamos de quantidade maior, acabamos na madeira crua mesmo. É aí que entra o óleo queimado.

Eu pelo menos nunca vi nenhuma evidência, mas dizem os experientes que um bom tratamento com óleo queimado ajuda bastante a evitar que o pé do moirão apodreça em 7 anos. Às vezes a gente até enrola em plástico, a parte que fica enterrada no chão. Mas também já ouvi dizer que isso mais prejudica do que ajuda. O fato é que, pelo menos psicologicamente, a gente se sente melhor quando faz alguma coisa para fazer compensar amanhã, um pouco mais o custo e  o sacrifício que se faz hoje com essas coisas de madeira sempre necessárias na roça. É muito ruim ver apodrecer e cair aos pedaços uma obra que, há poucos anos, era tão útil e agradável.

A coisa é tão trabalhosa que, aos poucos, com o escasseamento da energia humana, a gente vai deixando a destruição se espalhar. Como acontece com a própria vida.

02 abril 2009

Mais uma para tentar vencer o barro

Pict-536Mais uma personagem para se enlamear conosco nessa estrada esburacada e cheia de armadilhas que se revelam depois das chuvas incessantes, intermitentes e insistentes.

Um mecânico especializado em 4x4 vive me dizendo que a Hilux, embora seja já de uma certa idade, possui travamento automático do diferencial traseiro do tipo deslizante com aproveitamento de até 70% de tração na roda livre. Eu fiquei intrigado, pesquisei no Google e não achei nada específico para a Hilux. Mas achei boas referências de como funciona o esquema de diferencial nos carros. E também o que significa ter a possibilidade de bloquear o diferencial quando o carro entra na lama e acaba numa situação onde uma roda fica no chão e a outra no ar ou num buraco cheio mingau e sem tração.

Com bloqueador de diferencial, quando atolei com a Hilux cheia de mourões na caçamba, não teria sido necessário descarregar e ficar todo sujo de lama colocando pedra e empurrando pela traseira. Sorte que o tio Pretinho fez o serviço mais pesado.

Mas também não acho que um bloqueio de diferencial vá fazer tanta falta assim. Dadas as condições que a gente vive dirigindo, ele seria muito pouco utilizado. Acredito que um guincho sim, talvez tivesse mais utilidade.

De qualquer forma, continuamos evoluindo aos poucos de sem tração para tração nas 4 com reduzida. Vamos ver se a gente passa ou não passa.