25 maio 2009

5 meses e 8 dias

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Hoje faz 5 meses e 8 dias desde o dia da cirurgia de artrodese na L5-S1 (um pouco de detalhes aqui porque certamente não mais me lembrarei disso daqui a 40 anos). Saí para uma caminhada relativamente leve em torno da Basílica, eu e Lana, e posso dizer que estou bem.

No início, como saí meio rapidinho para elevar logo o rítmo cardíaco, depois de uns 15 minutos, comecei a sentir um desconforto do lado esquerdo. Lembre-se que, do lado esquerdo tem a fusão óssea e do lado direito tem a plaqueta com os parafusos.

Outro dia, andando rápido todo o percurso, no final comecei a sentir uma sensação de como se algo estive queimando por dentro, dos 2 lados, na fusão e no titânio.

Hoje, quando veio o desconforto, diminuí o rítmo e logo passou.

Oficialmente ainda não comecei a fazer nenhum tipo de fisioterapia, nenhum tipo de exercício de fortalecimento da musculatura paravertebral e isso não deve estar certo. Tenho certeza de que o Dr Goveia desaprovaria começar qualquer tipo de exercício sem orientação, sem focar no reforço da musculatura. Mas entendo que essas caminhadinhas leves podem ajudar a começar o fortalecimento, recuperação do fôlego, etc. Será?

Essa foto aí de cima nem tem nada a ver com minha caminhada pelo pátio da Basílica mas, como não achei nenhuma e não gostaria de usar nenhuma imagem com direitos de outra pessoa, coloquei essa mesmo que mostra bem os caminhos que ainda me esperam quando eu tiver coragem de retomar meus exercícios regulares.

24 maio 2009

3 anos de sítio

Nesse Domingo, dia 24 de Maio, silenciosamente, quase sem ninguém perceber, aliás acho que só eu me lembrei, completamos 3 anos nesse lugar. Muita coisa tem acontecido e continua acontecendo. Me lembro que quando fizemos 2 anos, Jéssica me ajudou a listar todas as coisas que fizemos naquele ano. Ainda nem de tempo de atualizar.

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Só sei que continuamos expandindo, plantando mais, criando mais, melhorando algumas coisas, mudando outras enfim, acho que continuamos indo em frente sem vontade de parar.

O caseiro se foi, outro entrou, não quis ficar, já está saindo também, mês que vem entra outro, e vamos indo. Não vamos desistir de encontrar alguém que se sinta bem no local e nos ajude a manter esse pedaço que escolhemos para descansar.

Não deu para comemorar nesse Domingo, mas logo encontraremos uma outra oportunidade, aliás, estamos mesmo sempre comemorando, só precisamos erguer um brinde especial por mais esse período.

Tim, tim !!!

04 maio 2009

A Veja, Roberto Pompeu e o outro lado de todos nós

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Toda Sexta-feira a gente leva a Veja da semana para ler no sítio. Eu mesmo a leio quase toda durante a semana, mas acho legal compartilhar com as outras pessoas que também se interessam. Gostoso mesmo é sentar na varanda com os pés bem agasalhados para não congelarem e ler um ou outro artigo ouvindo aqui e ali o canto frenético dos passarinhos e os beija-flores perseguindo um ao outro. Isso, de vez em quando, tira a atenção da gente mas ainda assim é um momento muito bom para relaxar.

Na última página da revista tem a coluna do Roberto Pompeu de Toledo, na minha opinião, uma das melhores coisas da revista. Pena que agora ele está escrevendo em semanas alternadas, dividindo o espaço com outro colunista que, me desculpe, ainda não conseguiu me cativar.

Nessa semana achei excelente o texto sobre como as pessoas, por trás das aparências, podem revelar outra surpreendente e espetacular, completamente diferente da que se vê só com os olhos. Compare-se as histórias de Fernando Lugo – ex-bispo Don Juan Presidente do Paraguai, Jacob Zuma – o polígamo Presidente da África do Sul e Susan Boyle, “a senhora simplona, de corpo maltratado, desajeitada, malvestida e mal penteada que emocionou o mundo proporcionando a todos um raro e inesperado momento de beleza”.

Isso é bem verdade, todo mundo sabe mas quase sempre se esquece. Ainda bem que existem momentos assim quando se pode relaxar e, ao mesmo tempo, tomar um choque de realidade, ainda que no meio da balbúrdia de beija-flores.

03 maio 2009

Dudu e a religião – Jesus é Deus

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Dudu tem 5 anos e ainda não está na idade de começar o catecismo, mas já andou aprendendo algumas lições de religião. Estávamos jogando cartas, ele comprou um coringa e exclamou “Jesus!”. Como eu nunca havia ouvido ele dizer essa palavra, perguntei – O quê? O que foi que você acabou de dizer? Ele disse de novo - “Jesus!”. Incentivei a conversa.

--- Jesus? Quem é esse?

Dudu respondeu do seu jeito característico:

--- Ué, não sabe? Jesus é Deus!

Continuei forçando seu raciocínio.

--- Hummm, Jesus é Deus. E o que é que Deus faz? – perguntei.

--- Ué, não sabe? Vou dar um exemplo. Deus ajuda a gente quando tem perigo por perto. Por exemplo, se a gente tá andando no mato e tem cobra, Deus avisa o cachorro para ele ir na frente, aí ele vê a cobra antes da gente e late para avisar. Aí a gente já sabe que tem cobra e sai correndo.

--- Ah, entendo – fico meio desarmado e pensando em como as coisas funcionam na cabecinha a mil das crianças inocentes, onde funciona um cérebro que é como uma esponja, pronto para absorver qualquer tipo de aprendizado. E Dudu tem mais exemplos para explicar a função de Deus.

--- Tio, tem um monte de coisas também que Deus não gosta, por exemplo, a gente não pode brigar na escola, não pode pegar as coisas dos outros, não pode jogar pedra nos bichos…

Tento enriquecer o aprendizado dele argumentando que não se pode fazer mal aos outros porque os outros sofrem com isso e, além disso, nunca se deve fazer aos outros aquilo a gente mesmo não gostaria que os outros fizessem prá gente. Ele pensa, reflete um pouco e pergunto.

--- Porque não se deve jogar areia nos olhos dos outros?

--- Porque Deus não gosta – responde ele sem pensar.

--- Dudu, vamos de novo…