11 novembro 2007

Cerca nova, água para os porcos, coruja e muito mé

Fotos, fotos, fotos, fotos, fotos.....

Final de semana com bastante ânimo para dar andamento numas coisas que estavam paradas. Preto folgou no Sábado e chegou com Dirceu logo cedo com idéia de começar a plantar muito milho, já que estamos meio atrasados esse devido às chuvas da primavera.

Tempo chuvoso, temperatura amena, sol ardido de vez em quando, até que estava bom para agitar o pedaço. Durante o café da manhã, senti que o Preto não estava muito animado prá plantar milho. Ele viria com o Dirceu e mais um amigo para fazer uma força-tarefa mas, como não havia ficado muito bem combinado, de manhãzinha, o convidado ainda estava dormindo e acabou não dando certo virem juntos. Como a manhã começou a acabar rapidinho, resolveram deixar o início do plantio para segunda-feira. Por um lado foi até bom porque o Preto acabou me ajudando no arranjo da água para os porcos. Como eu havia proposto há algum tempo, a questão da água limpa para a porcada ficaria por minha conta. Aconteceu que nesse final de semana demos um bom adianto e até chegamos com a primeira água no chiqueiro. Mas ainda falta um pouco, principalmente a parte elétrica. Serviço de primeira que é para não tomar muito o tempo da gente depois. Quanto tudo estiver pronto, a caixa dágua se encherá automaticamente, os porcos beberão água limpinha na chupeta (ou outro mecanismo automático que encontrarmos), teremos uma torneira à disposição no chiqueiro e outra no mangueiro.

"Mangueiro de porcos", disse o Dirceu à certa altura não querendo dar o braço a torcer, porque mangueiro mesmo a gente já estava dentro procurando algo que estava lá no chiqueiro.

Tem ainda a eterna discussão entre Preto e Dirceu onde ambos teimam sobre a verdadeira identidade da aroeira e cambará. Talvez haja uma diferença entre os nomes em Minas e São Paulo, mas tudo bem, essas teimosias sempre são motivos para a gente rir um pouco.

Coruja...
Coisa estranha, como estamos em época dos pássaros procriarem, muitos filhotes já começam a pipocar aqui e ali. Debaixo das araucárias onde costumo alimentar os canários, sabiás, joões de barro, viuvinhas, passos pretos e até as indesejáveis pombinhas, logo de manhã encontrei um pássaro já meio grande e um filhote mortos. No caminho do mangueiro, na rua, também havia (uma sabiá) morta. Coisa muito estranha andou acontecendo essa semana de chuva forte.

Mas o mais interessante ainda foi o filhote de coruja que ficou o final de semana todo sentadinha na galhada em volta do alimentador em baixo da araucária. Levei um susto quando a vi pela primeira vez porque, de longe, pensei que fosse uma casa da marimbondos mas, chegando mais perto, vi que se tratava de um filhote cinza de coruja. Ao me aproximar, ela abriu os olhos, me fitou meio que desconfortável mas não pulou nem tentou voar. Tiramos umas fotos bem de pertinho e ela ficou por ali o dia todo. À noite, apareceu mais uma, e notamos que ela tentou subir pelo tronco da araucária. Seria bom mesmo ela se abrigar em local mais seguro lá em cima. Não conseguiu. Domingo, lá estava ela de novo, só que dessa vez no chão. Lana, num ataque fulminante, quase a pegou na bocona e teve que levar uma bambuzada na cabeça. No final do dia, Adam a pegou com a camiseta e o boné e a colocou no alimentador. Ali a deixamos no final do dia.

Deh...

Deh resolveu aparecer com Adam e Mateus. Chegaram no sábado já quase no final do dia. Trouxeram cerveja, uma garrafa de whisky e red bull. Percebi logo que Deh estava mesmo a fim de beber. E eu que o incentivei a ir para nos dar uma mão nos arranjos da água do porco. Ledo engano. Interessante que, mesmo depois de tanto tempo, a gente ainda se engane. Acho que é a força do desejo e a esperança de ver os filhos da gente de uma forma só um pouquinho diferente. Mas eles vão levando a vida de uma maneira toda própria mesmo.

Até tentaram pescar um pouco no lago mas gostosa mesmo estava a cerveja gelada. As tilápias comeram todas as minhocas e eles nem viram.

Chegou a noite, Adam dormiu e Deh e Mateus vararam a noite bebendo mais um pouco e jogando videogame. Todo mundo se levantou de manhã e lá estavam eles ainda jogando. Só lá pelas 10 da manhã resolveram cair na cama. Segundo Deh, dormir é perda de tempo porque não se vê a vida passar. Com meus botões, imagino a diferença em deixar a vida passar enquanto se vara a noite em frente à TV jogando videogame. Mas essa é juventude que nos cerca e nos deixa um tanto quando desconfortável por já termos passado por isso há muito tempo e não estarmos mais acostumados. Uma sensação muito estranha!!

Ah, final de Domingo ainda deu prá colocar a nova antena para o celular rural. Final de semana foi produtivo. Nem tivemos tempo de assistir aos 2 DVD's que levamos.

02 novembro 2007

Feriado de Finados, muita chuva, muito barro

Fotos do feriado aqui.

Ontem, pela primeira vez, não conseguimos completar a viagem de camionete até o sítio. Ficamos no meio do caminho bem ali logo depois da descida da estiva. Umas onze da noite, chovia e tinha muito barro. Vindo conosco, Luzia, Jéssica, Maira, Débora e Gabriel. A estrada estava uma sopa tão mole que uma triscadinha no freio, um pequeno desvio meio fora da trilha e foi o quanto bastou prá gente enroscar no barranco. E sem volta. Para não arranhar toda a lateral toda, tivemos que deixar tudo e continuar a pé até a casa. Chuva, barro, escuridão total. Mili e Neli também tiveram que amassar um barro. Maira e Débora trouxeram o Gabriel no colo. Eita meninada decidida. Isabel e Luzia, um tombo aqui, outro ali, até que foram valentes. Estávamos com 2 sombrinhas e 2 pedaços de plástico para abrigar da chuva e viemos cortando caminho ali pela casa do Oscar. Chegamos na casa uma meia noite e meia.

Mas tudo bem, eu já imaginava que um dia isso aconteceria e acabou acontecendo mesmo quando a gente estava meio desprevinido. Não havia uma pá na camionete. Até tentamos pegar umas pedras, uns pedaços de pau mas na escuridão não foi possível achar nada. O pneu da camionete já está prá mais de meia vida e virando pneu slick. Essa semana estive verificando os preços atuais de uns pneus melhores mas ainda não tive coragem de entrar nesse dívida de 1800 reais. Outras coisas interessantes que deveria voltar a verificar é o tal do guincho elétrico, a prancha de alumínio dobrável e a estaca de aço com marreta prá um resgate de emergência. Acho que vale a pena dar mais uma olhada.

Vieram esse final de semana Nilra, Rodrigo, Dirceu e um primo do Rodrigo. Logo mais à tarde, chegaram a Amanda e o Gustavo que ficaram até o Domingo. É legal quando o Rodrigo vem e ele vem tão pouco porque trabalha nos finais de semana. Pena que ele não estava muito disposto prá gente tomar uma cervejada. Mas eu tomei assim mesmo como se fizesse um brinde para cada parente ou amigo que já se foi.

Esqueci o cabo de força do laptop e não vou poder escrever muito. Estava até planejando colocar em dia uns textos para o blog do Lar mas sem o cabo acho que não vai dar.

Dirceu, Preto e Pedrão aproveitaram o feriado para dar andamento na cerca da nova roça. Pessoal resolvido, já que socar 202 mourões não tem sido nada fácil. Com chuva e tudo, quase completaram a volta. Mais uma gradeada na terra e já podemos começar a plantar o milho. Dirceu diz que é mais uma questão de necessidade do que simplesmente uma diversão. Calculando, com o que estamos gastando para fazer esse nova roça enorma, daria prá comprar muito milho. A vantagem é que usaremos esse lugar para plantar por pelo menos uns 7 anos. Isso se a terra colaborar ou se a gente tiver condições de mantê-la fértil. E isso vai exigir mais gastos.

Dali de uma das cercas laterais dá prá ver o rio lá embaixo, rio cheio de capivaras que a gente nunca vê mas sabe que elas vivem por ali. E todo mundo sabe que capivara adora milho. Se elas resolverem compartilhar nossa roça antes de nós vamos ter que arrumar um jeito de convencê-las de que não será uma boa idéia. Talvez um fio eletrificado rente ao chão seja convincente. Vamos ver.

Final do feriado, Domingo amanheceu chovendo e choveu o dia todo trazendo aquele stress característico de quem tá na roça com carro sem tração e precisa enfrentar o barro. Preto saiu pela hora do almoço levando uns amigos de carona. Dirceu ficou prá vir conosco. Amanda, com dor nas costas, achou melhor deixar o Dirceu vir dirigindo o Gol no barro. Tudo preparado, cambão, fita de reboque, pá, enxadão, saímos no meio da tarde dançando de um lado para outro no barro. Final da terra, sem novidades. Nem reboque precisou. Surpresa boa com o Gol e Dirceu ao volante.