16 junho 2009

Otimista

Pict-672 Hoje acordei mais otimista, tanto que até estou acreditando que a gente ainda pode se acertar, resolver nossos imbróglios e atingir um nível de estabilidade em nossos relacionamentos que nos permita garantir uma certa felicidade na convivência. Sim, porque um pouco de felicidade tem que sobreviver, senão realmente acho que não vale a pena.

Nossa sociedade é como se fosse um casamento. Enquanto ela existir, ninguém nunca terá liberdade total. Sempre vai ter que dialogar, trocar idéias, relevar, se sujeitar, ter que concordar com a maioria, abrir mão de certas coisas e, em compensação, poder também usufruir de certos benefícios que só a convivência pacífica e amistosa proporciona.

Temos tantas coisas boas para compartilhar. Nossas conversas, nossas briguinhas à toa, nossas recordações, nossos gritos, nossos sorrisos, nossos compartilhamentos de segredos, fofocas, o que achamos de um, o que achamos de outro, como foi o casamento que só um foi, como foi a viagem que só outro foi, o que um achou daquele crime, o que outro achou daquela novela, daquele ator, daquele absurdo, daquela notícia, do frio, do calor.

O torresmo de barriga, o queijo fresco, a sopa de inhame, mandioca, o bolo de cenoura, o sorvetão, as rosquinhas, os bolinhos de chuva, a pipoca com queijo, o churrasco, o peixe assado no papel alumínio, pirão, muqueca, fondue no inverno, banho de ducha no verão, as crianças na piscina fria, escorregando no barranco, soltando pipa, correndo atrás do perus, os cachorros emagrecendo, engordando, a cura do berne, o galo ferido, o porco que escapou.

Pegar lenha seca no mato, arrancar grama no pasto, areia da beira do rio, armar rede, roçar o mato alto, borrifar as laranjeiras, fazer mudas de pinheiro, uvaia e plantar na beira da represa, pescar nas tardes de sol, fazer a reza de Santa Cruz, consertar os fios, desentupir a fossa, limpar a beira do brejo, tirar o mato do córrego, pegar pinhão, comer araça na porta da cozinha, tirar teia de aranha, tocar os sapos, fechar as janelas para não entrar siriri, puxar carro atolado, acompanhar as visitas na chegada e na saída, esquentar o frio na fogueira, tomar quentão, comer linguiça e ouvir um som.

Tudo coisa boa que nos dá prazer. Acho que vale a pena insistir mais um pouco. Vamos lá pessoal!!